Após grandes eventos bélicos (primeira e segunda guerra mundial) e a formação de sociedades totalitárias, onde o Estado tornou-se um meio de dominação e controle das massas nas suas mais terríveis consequências, a humanidade viu o esgotamento do modelo social que vigorava desde o princípio da modernidade. O fruto disso foi um momento de lucidez, no qual os representantes das nações produziram um documento que garante os limites da ação do Estado e do indivíduo, assegurando também garantias mínimas para uma vida digna.

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Lições aprendidas a custos da privação de liberdade de muitos indivíduos, de inúmeros tipos de violências e sofrimentos de toda ordem. Violência que acompanhou a humanidade, e que chega ao século XX com adornos tecnológicos. Novas formas de controle das liberdades e de opressão, seja pelo poder midiático ou pelo medo de bombas armadas a milhares de quilômetros. 

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Porém, o simples estabelecimento da DUDH não significou a imediata garantia dos direitos por ela proposta, isso porque tal garantia necessita uma nova ressignificação do que é ser humano. 

Portanto a efetivação dos Direitos Humanos, desde sua proposição inicial, está conectada ao esforço individual e coletivo por meio “do ensino e da educação”. É a educação o meio pelo qual os seres humanos podem ser sensibilizados, humanizados e despertados a repensar a forma de ver o mundo, desnaturalizando o olhar e o saber. O Brasil, que adere aos preceitos da DUDH, garante em sua Carta Magna Direitos Fundamentais alinhados a esses. Além disso, o Estado propõe políticas públicas para a difusão de tais direitos por meio da educação. As estratégias para essa política estão descritas no Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH, 2007).

Este curso de extensão propõe-se como uma ferramenta educacional para uma transformação social, apontando para a edificação de práticas sociais e políticas públicas que respeitem e valorizem a dignidade humana.